30 dezembro 2010
16 dezembro 2010
...E Vimos sua Glória!
09 dezembro 2010
Casamento Misto
- "Eu sou fruto de casamento misto" - esse é o velho pragmatismo. Pegue uma experiência isolada e o transforme em regra acima da Bíblia. Pronto, o mosquito do pragmatismo lhe contaminou.
- "Conheço uma moça que se casou com um incrédulo e o marido se converteu certo tempo depois do casamento" - Lá vem o pragmatismo de novo. Quero ver como fica a situação inversa, que representa franca maioria: "ela era consagrada, mas, depois do casamento misto, abandonou a igreja".
- Nossa sociedade é mais aberta do que a dos tempos bíblicos; os tempos mudaram. Essa é clássica dos néo-liberais.
19 novembro 2010
UNIVERSIDADE MACKENZIE: EM DEFESA DA LIBERDADE DE EXPRESSÃO RELIGIOSA
09 novembro 2010
Análise da música "Livre Acesso"
Hoje escolhi uma canção belíssima e extremamente envolvente para pensar a respeito de sua letra. Eis a canção:
Senhor eu não sou nada diante do teu poder
Nem merecedor do teu imenso amor
Através do teu filho tenho livre acesso a ti
Que me fez chegar aos teus pés
Me humilhar diante de ti
Deixa o teu rio, passar em minha vida
E curar minhas feridas, sarar as minha dores
Livra-me ó Deus, das cadeias que me prendem
Toca em minha'alma, faz de mim o teu querer
Senhor!
Esta canção possui uma ênfase importante na necessidade de nos humilharmos perante o Senhor. Jesus disse que os humildes de espírito são bem-aventurados, em Mateus 5.3. Tiago recomenda que nos humilhemos perante Deus e ele nos exaltará (Tg 4.10). Realmente, não temos nada a oferecer a Deus; só podemos pedir. Como pecadores que somos, não merecemos mesmo a bondade de Deus, seu amor, a salvação, a misericórdia. No entanto, como bem ressaltou o autor, temos acesso ao Pai pela mediação do Filho, o sumo-sacerdote que nos aproxima pelo seu sangue (Hb 10.19-21). A menção ao rio, que ele pede que o Senhor deixe passar, nos faz lembrar da torrente das águas purificadoras de Ezequiel 47 e nos remetem às palavras de Jesus em João 7.37-39: "Ora, no seu último dia, o grande dia da festa, Jesus pôs-se em pé e clamou, dizendo: Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crê em mim, como diz a Escritura, do seu interior correrão rios de água viva. Ora, isto ele disse a respeito do Espírito que haviam de receber os que nele cressem; pois o Espírito ainda não fora dado, porque Jesus ainda não tinha sido glorificado".
O problema surge quando chegamos à parte em que o autor diz: "livra-me ó Deus das cadeias que me prendem". A relevância dessa frase dependerá de quem está cantando. Se for um cristão genuíno, não faz sentido nenhum. Jesus disse: "E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará" (Jo 8.32). Também afirmou: "Se, pois o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres". Paulo disse que o Senhor nos chamou à liberdade (Gl 5.13). Também João afirma que Jesus Cristo se manifestou para destruir as obras do diabo (1Jo 3.8). Em suma, se você creu no evangelho, foi liberto. Não faz sentido agora cantar "livra-me das cadeias que me prendem". Se alguém cantar isso, biblicamente falando, é porque ainda não foi salvo. "Mas e a liberdade poética"? - alguém poderia perguntar. Volto a dizer o que já escrevi aqui uma vez: nossa liberdade poética tem que ser serva da palavra de Deus. Outra pessoa poderia pensar que o sentido é de nos livrar do pecado que nos assedia. Mas ser assediado pelo pecado não significa ser escravo do pecado. Mesmo quem não é mais escravo do pecado por causa da conversão, terá de travar lutas para mortificar o pecado na vida a cada dia (Gl 5.17). Mas ele vence o pecado (1Jo 3.9), porque não é escravo.
Concluindo, se eu pudesse fazer uma sugestão ao compositor, sugeriria uma revisão nessa frase, pois, com as coisas de Deus, boa intenção apenas não resolve (Uzá que o diga!). É necessário que cantemos a fiel Palavra de Deus ou algo que esteja em plena conformidade com ela. Os cânticos precisam ser espirituais. E serão, se estiverem de acordo com a Palavra de Deus, que é inspirada pelo Espírito Santo e tem que ser a nossa única regra de fé e prática.
Pr. Charles Read more...
27 outubro 2010
Análise do Hino "Contemplação" (13 do HNC)
Eis a letra:
Outra frase que carece de melhor formulação é a última: "o caminho abrindo ao céu". Pela mensagem bíblica, abrir caminho é diferente de levar ao céu. Paulo disse em 1 Tessalonicenses 4.17: "Depois nós, os que ficarmos vivos seremos arrebatados juntamente com eles, nas nuvens, ao encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor". A igreja será arrebatada, levada ao céu. Quando alguém diz que Jesus veio abrir caminho para o céu, se esquece de que a Bíblia fala que seremos levados para lá. Jesus veio, não apra abrir caminho, mas para nos conduzir, como o pastor conduz as ovelhas. Lucas 19.10 diz: "porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido". Não meramente "tornar possível" a salvação.
17 outubro 2010
Análise da Música "Reina em Mim"
Sobre toda a terra Tu és o Rei
Sobre as montanhas e pôr do sol
Uma coisa só meu desejo é:
Vem reinar de novo em mim.
Reina em mim com Teu poder
Sobre a escuridão, sobre os sonhos meus
Tu és o Senhor de tudo o que sou
Vem reinar em mim, Senhor.
Sobre o meu pensar, tudo que eu falar
Faz-me refletir a beleza que há em Ti
Tu és para mim mais que tudo aqui
Vem reinar de novo em mim.
Ao ouvir a letra, me senti completamente incomodado. Depois pensei melhor no texto e entendi o porquê do desconforto. Em primeiro lugar, a música expressa uma tremenda contradição. Se Deus é o Rei sobre toda a terra, por que o autor pediu para Deus reinar nele? Outra coisa que me incomodou foi a frase "vem reinar de novo em mim". Como fica a situação de um crente sincero que tem lutado para aprender a sã doutrina por anos, freqüentando reuniões de oração, testemunhando com a vida e palavras o evangelho de Cristo, compartilhando a mensagem salvadora com os amigos e vizinhos, que canta essa frase? Então o reinado de Cristo é assim, que vai e vem para alguém pedir que ele reine de novo? Um crente não pode cantar isso. Nem um incrédulo. Um incrédulo deveria cantar "reina em mim" e não "vem reinar de novo em mim", porque ele nunca se submeteu antes ao seu senhorio. E não nos esqueçamos de que o reinado de Cristo é sobre todos. Tanto é que o texto de Filipenses 2.9-11 diz que ele recebeu o nome que está acima de todo nome para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho no céu, na terra e embaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor para a glória de Deus Pai.
A outra estrofe repete a mesma impossibilidade lógica. Para quê pedir que ele venha reinar de novo em mim, se ele já é "para mim mais que tudo aqui"? Resumindo, essa música caiu no gosto geral de boa parte do povo evangelical porque foi recebida sem a devida reflexão. Veja bem, não é nem bíblica, mas lógica mesmo. Devemos pensar cuidadosamente sobre o que cantamos, para não afirmar frases incoerentes e quase irracionais. O Senhor quer ser adorado e cultuado de modo agradável e inteligível (Rm 12.1). Para encerrar, transcrevo as palavras de Paulo em 1 Coríntios 14.15: "Que fazer, pois? Orarei com o espírito, mas também orarei com o entendimento; cantarei com o espírito, mas também cantarei com o entendimento".
Pr. Charles Read more...
11 outubro 2010
Análise da Música "Deus de Promessas"
Em 2007 ou 2008 tive a alegria de ouvir pela primeira vez a música "Deus de Promessas" do Ministério Toque no Altar. Achei a música muito bonita, mas, como sou pastor presbiteriano, subscrevente à Confissão de Fé de Westminster, não posso cantar ou ensinar uma música sem analisar a sua letra. Tenho duas considerações sobre o conteúdo da letra.
Antes de mais nada, quero fazer uma consideração sobre a "Liberdade Poética". Esta liberdade tem sido alvo de apelos quando algo da letra é questionado. Veja bem, a liberdade poética sugere que o poeta é livre para não seguir determinadas regras gramaticais. É o caso da música que diz: "inútel, a gente somos inútel", do Roger (Ultraje a Rigor). No entanto, existem limites entre a liberdade e a coerência. Posso ser livre para escrever o que eu quiser, mas precisa ter coerência ou fazer algum sentido. Recomendo a leitura do excelente texto publicado no site Overmundo, sobre a falácia da liberdade poética:
http://www.overmundo.com.br/banco/liberdade-poetica-ou-falacia
Voltando ao ponto, quando escrevemos poemas sobre o conteúdo bíblico, a liberdade poética se torna serva da Escritura Sagrada. Então podemos escrever com liberdade para nos expressar com os recursos da poética da língua portuguesa, mas com submissão total às Escrituras Sagradas. No caso da música "Deus de Promessas", eu faria duas considerações sobre a letra, que penso não estar de conformidade com o ensino da Bíblia.
1. "És Deus de perto e não de longe": A frase dos autores pretende enfatizar o fato de que Deus está sempre perto. No entanto, a liberdade poética não nos dá liberdade para desdizer a Bíblia. O problema dessa frase é que o texto de Jeremias 23.23 diz: "Acaso, sou Deus apenas de perto, diz o SENHOR, e não também de longe?" Tendo em vista este problema, mandei um e-mail aos compositores e pedi autorização apra cantar "És Deus de perto e Deus de longe". Eles não responderam. Como "quem cala, consente", mudamos a letra e cantamos com a alteração feita.
2. "Meus olhos vão ver o impossível acontecer": Bom, depende de muitas coisas. O que eles querem dizer com isso? Levando em consideração a linha do ministério Toque no Altar (o próprio nome já indica no mínimo flerte com os movimentos de ressurreição das sombras do AT, "Levitas", "shofar", etc.), a idéia é de que milagres vão acontecer. O que é um milagre? É a ação imediata de Deus, ou providência especial ou imediata. Deus não usa de meios para realizar certas obras, dependendo exclusivamente de seu querer. Esse é o problema. Quem garante que Deus quer que os meus olhos vejam o impossível acontecer? Outra coisa, hoje em dia não é seguro o caminho que vai à busca de milagres, sinais e maravilhas. Muitos falsos mestres tentam confirmar seu ensino herético por meio de sinais e maravilhas. Alguns textos bíblicos mostram que milagres podem ocorrer segundo a eficácia de Satanás. Inclusive, é dito nas Escrituras que sinais portentosos ocorreriam nos últimos dias para seduzir as nações atrás da Besta (Ap 13).
Não pretendo agir como cético e dizer que milagres não acontecem. Eu já vi muitos acontecerem. Creio em milagres da parte de Deus. Só não firmo a minha fé nisso, porque fé que depende de experiências para ser confirmada não é fé. É incredulidade. Tomé foi censurado pelo Senhor Jesus porque só creu quando viu. "Bem-aventurados os que não viram e creram" (Jo 20.29). Então cante sabendo que os seus olhos somente verão o impossível acontecer se o Senhor quiser.
Que esta postagem nos estimule a pensar no que cantamos. Se você é um crente confessional (se você subscreve a uma confissão de fé, a de Westminster, por exemplo, como eu), então sua responsabilidade aumenta ainda mais. Temos de ser coerentes e cantar o que cremos.
Pr. Charles
29 setembro 2010
Ela (Ligian, por ocasião de seu aniversário)
28 setembro 2010
História do Hino "Amazing Grace" - outra versão
Fiquei impressionado com a história da "escala dos escravos", que só compunham melodias com as notas das teclas pretas do piano. Então veja você mesmo e se impressione com o que a graça de Deus pode fazer com um traficante de escravos, como John Newton, autor de "Amazing Grace". Basta clicar no link abaixo:
http://www.youtube.com/watch?v=Uv2TUYTRbVU&feature=player_embedded Read more...