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16 dezembro 2010

...E Vimos sua Glória!

“E o verbo se fez carne e habitou entre nós cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do Unigênito do Pai” (Jo 1.14)

                Na semana passada o Rev. Leorges disse no púlpito uma das frases mais belas e poéticas que ouvi esse ano: “a eternidade encontrou o nosso tempo quando Cristo nasceu em Belém; e o nosso tempo encontrará a eternidade quando ele voltar com poder e glória”. A vinda de Cristo a esse mundo é repleta de poesia. Poesia de amor desmedido, de compaixão, da dádiva graciosa, do altruísmo misericordioso. Sua vinda foi poesia de contraste reluzente para quem viveu durante seu ministério. Viram um menino, um homem, um servo despido de majestade. Ainda assim, puderam dizer representados pelo discípulo do amor: “e vimos a sua glória, glória como do Unigênito do Pai”.
                A glória que viram não era fabricada por um marqueteiro. Não impressionou pelo requinte do mais glorioso meio de transporte da época. Não foi uma glória típica de reis e rainhas vestidos de pomposos indumentos. Foi uma glória intrínseca do poder intrínseco de Deus. Foi a glória da saudação angelical diante dos reles pastores. Foi a glória dos sinais e maravilhas. A glória dos ensinamentos cheios de sabedoria e autoridade. A glória que viram foi a da cruz e a da crucificação, da vitória sobre o pecado com sua morte, da ressurreição que rompeu definitivamente com as trancas das portas do morte diante dos eleitos de Deus. A glória que viram é a glória que vemos. A glória do novo nascimento, quando o Espírito regenera, persuade, vence e convence. A glória da esperança do céu, da vida, do perdão, da glorificação. A glória da vitória, da nossa ressurreição, do arrebatamento, do júbilo celestial perene. Vemos com os olhos da fé a glória da supremacia da graça sobre o pecado devastador nas criaturas dele escravas e desprezadas ao relento.
                Mas se você ainda não viu essa glória, então peça a Deus que abra os olhos do seu coração. Peça a Deus que lhe faça resplandecer sobre a vista o brilho resultante da sublimidade dos seus atributos, qualidades majestosas que lhe revelam como Deus supremo e grandioso. Não permita que seus olhos olhem somente para a glória do mundo, dos homens; afinal isso às vezes é muito mais atraente. Mas não se esqueça de que “o homem é como a erva, e a sua glória, como a flor da erva. Seca-se a erva e cai a sua flor; a Palavra do Senhor, porém permanece eternamente” (1Pe 1.24,25).
                Enfim, que o olhar glorioso daquele que mostrou sua glória por onde passou repouse sobre a sua vida. Porque você só poderá ver a sua glória se ele passar sobre você o seu olhar restaurador. Sobre isso, a Ligian escreveu um poema lindo que desejo compartilhar:
O desespero mudo da busca
A lágrima invisível das frustrações
A dor na alma que gritava por alívio
A certeza angustiante da morte traiçoeira
O luto pela vida não vivida
O vazio deixado pela pseudo-alegria
A falta de esperança diante de um mundo mau
O sentimento de necessidade crescente e incógnita
A ausência da verdade e dos sentimentos que vêm dela
Todas essas coisas são apagadas por um olhar.
Olhar que não apenas viu, mas alcançou
Olhar que não apenas constatou um fato, mas que transformou
Olhar que não apenas concluiu, mas resgatou
Olhar que não apenas transmitiu um pensamento, mas amou.
Não há quem continue sendo a mesma pessoa depois de ter sido visto (realmente visto) pelo olhar de Cristo.
Depois desse olhar, certamente você também verá a sua glória! Feliz Natal!

Pr. Charles


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