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30 dezembro 2010

Em que Devo Empregar meu Tempo em 2011?


Quando chega a passagem de ano, não consigo evitar. Pensamentos tristes me vêem à mente. Pensamentos do tipo: “deveria ter feito isso, aquilo...” O problema desse tipo de pensamento é que ele gera culpa e desânimo. Então resolvi usar isso em meu benefício. Em vez de ficar desanimado por detectar que deveria ter usado melhor meu tempo em 2010, resolvi pedir perdão a Deus pelo mau uso do tempo e estabelecer objetivos para remissão do tempo em 2011. Em vez de pensar no que eu deveria ter feito em 2010, pensarei agora no que deverei fazer em 2011.
                Em 2011 deverei ler mais a Bíblia. Já foi provado que uma leitura durante 72 horas na velocidade média da fala é suficiente para cobrir toda a Bíblia. Então se eu ler a Bíblia durante uma hora por dia, terei concluído sua leitura completa por mais de quatro vezes em 2011.
                Em 2011 orarei mais. Uma oração de um brasileiro dura, em média, cerca de 2 minutos. O que é isso diante de tanta necessidade de louvar a Deus e depositar diante dele as necessidades de seu povo? Precisarei orar mais pelos missionários, pelo meu país, por saúde, por segurança, pela igreja, pela minha família, pela minha vida...
                Em 2011 evangelizarei mais. Não poderei aceitar chegar ao fim de 2011 sem trazer uma alma a Cristo. Precisamos redescobrir a alegria de ver pessoas se rendendo aos pés do Redentor! Nossa igreja tem potencial para encher um classe de catecúmenos só com novos convertidos.
                Em 2011 procurarei adorar a Deus de modo agradável. O culto ao Senhor é função primordial do cristão. Foi para isso que fomos salvos: para adorar! É para isso que evangelizamos: para que mais adoradores se unam a nós. Mas para adorar a Deus de modo agradável, precisarei meditar mais na sua Palavra e conhecê-lo melhor. A Bíblia diz como Deus quer ser adorado. Não poderei cultuar de acordo com minhas intuições ou imaginação. Se quero agradar a Deus com minha adoração, deverei buscar orientação na sua Palavra.
                Em 2011 ofertarei mais. Tudo vem do Senhor. E do que é dele é que nós ofertamos todos os meses. Já que ele tem confiado a mim recursos que, bem administrados, poderão suprir meu lar e ainda ajudar outros, então desejo ofertar mais.
                Em 2011 escolherei melhor os filmes que assistirei. Não que eu só deverei assistir filmes “evangélicos”. Dentro de uma cosmovisão bíblica, há muitos filmes ditos não cristãos que são edificantes e possuem uma boa mensagem. Nada de banalidades!
                Em 2011 quero passar mais tempo com minha família. Na correria do dia a dia, pode ser que falemos “não” aos filhos em prol do trabalho e de uma atividade em benefício próprio. Direi mais “sim” a eles antes que seja tarde demais!
                Em 2011 quero pensar mais nas coisas do alto. Se a gente não vigiar, gasta o tempo todo pensando na carreira terrena, no currículo, no dinheiro e em diversão, e não pensa na volta de Cristo que é iminente, na alegria que teremos ao chegar na presença de Jesus e no fato de que jamais tropeçaremos ou sofreremos as conseqüências do pecado.
                Em 2011 quero glorificar mais a Deus. Não que a glória dele possa ser aumentada. Ela é intrínseca ao seu Ser grandioso. Mas quanto mais eu reconhecer suas obras e sua grandeza, mais eu o glorificarei. Quanto mais eu tornar sua glória conhecida, mais ele será glorificado também. Ah! Como eu gostaria que os outros, vendo meu correto procedimento, se encorajassem em seguir o Senhor e viver em santidade e comunhão com ele e com o próximo!
                E você? Que tal fazer também uma lista do que você gostaria de fazer com seu tempo em 2011? Que Deus nos abençoe e nos ajude a cumprir com esses planos para nossa alegria e para a sua glória!
Pr. Charles

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16 dezembro 2010

...E Vimos sua Glória!

“E o verbo se fez carne e habitou entre nós cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do Unigênito do Pai” (Jo 1.14)

                Na semana passada o Rev. Leorges disse no púlpito uma das frases mais belas e poéticas que ouvi esse ano: “a eternidade encontrou o nosso tempo quando Cristo nasceu em Belém; e o nosso tempo encontrará a eternidade quando ele voltar com poder e glória”. A vinda de Cristo a esse mundo é repleta de poesia. Poesia de amor desmedido, de compaixão, da dádiva graciosa, do altruísmo misericordioso. Sua vinda foi poesia de contraste reluzente para quem viveu durante seu ministério. Viram um menino, um homem, um servo despido de majestade. Ainda assim, puderam dizer representados pelo discípulo do amor: “e vimos a sua glória, glória como do Unigênito do Pai”.
                A glória que viram não era fabricada por um marqueteiro. Não impressionou pelo requinte do mais glorioso meio de transporte da época. Não foi uma glória típica de reis e rainhas vestidos de pomposos indumentos. Foi uma glória intrínseca do poder intrínseco de Deus. Foi a glória da saudação angelical diante dos reles pastores. Foi a glória dos sinais e maravilhas. A glória dos ensinamentos cheios de sabedoria e autoridade. A glória que viram foi a da cruz e a da crucificação, da vitória sobre o pecado com sua morte, da ressurreição que rompeu definitivamente com as trancas das portas do morte diante dos eleitos de Deus. A glória que viram é a glória que vemos. A glória do novo nascimento, quando o Espírito regenera, persuade, vence e convence. A glória da esperança do céu, da vida, do perdão, da glorificação. A glória da vitória, da nossa ressurreição, do arrebatamento, do júbilo celestial perene. Vemos com os olhos da fé a glória da supremacia da graça sobre o pecado devastador nas criaturas dele escravas e desprezadas ao relento.
                Mas se você ainda não viu essa glória, então peça a Deus que abra os olhos do seu coração. Peça a Deus que lhe faça resplandecer sobre a vista o brilho resultante da sublimidade dos seus atributos, qualidades majestosas que lhe revelam como Deus supremo e grandioso. Não permita que seus olhos olhem somente para a glória do mundo, dos homens; afinal isso às vezes é muito mais atraente. Mas não se esqueça de que “o homem é como a erva, e a sua glória, como a flor da erva. Seca-se a erva e cai a sua flor; a Palavra do Senhor, porém permanece eternamente” (1Pe 1.24,25).
                Enfim, que o olhar glorioso daquele que mostrou sua glória por onde passou repouse sobre a sua vida. Porque você só poderá ver a sua glória se ele passar sobre você o seu olhar restaurador. Sobre isso, a Ligian escreveu um poema lindo que desejo compartilhar:
O desespero mudo da busca
A lágrima invisível das frustrações
A dor na alma que gritava por alívio
A certeza angustiante da morte traiçoeira
O luto pela vida não vivida
O vazio deixado pela pseudo-alegria
A falta de esperança diante de um mundo mau
O sentimento de necessidade crescente e incógnita
A ausência da verdade e dos sentimentos que vêm dela
Todas essas coisas são apagadas por um olhar.
Olhar que não apenas viu, mas alcançou
Olhar que não apenas constatou um fato, mas que transformou
Olhar que não apenas concluiu, mas resgatou
Olhar que não apenas transmitiu um pensamento, mas amou.
Não há quem continue sendo a mesma pessoa depois de ter sido visto (realmente visto) pelo olhar de Cristo.
Depois desse olhar, certamente você também verá a sua glória! Feliz Natal!

Pr. Charles


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09 dezembro 2010

Casamento Misto

Recentemente participei de uma importante reunião do Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil. Um dos assuntos que me chamou a atenção foi o casamento misto. Para ser sincero, tem certas coisas que, para mim são tão simples, como dois mais dois são quatro: "não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos" (Rm 6.14). Mas infelizmente as pessoas conseguem complicar as coisas, explicando o mandamento de forma a favorecer um ponto de vista diferente. As motivações para burlar o mandamento são bem diversas:

  1. "Eu sou fruto de casamento misto" - esse é o velho pragmatismo. Pegue uma experiência isolada e o transforme em regra acima da Bíblia. Pronto, o mosquito do pragmatismo lhe contaminou.
  2. "Conheço uma moça que se casou com um incrédulo e o marido se converteu certo tempo depois do casamento" - Lá vem o pragmatismo de novo. Quero ver como fica a situação inversa, que representa franca maioria: "ela era consagrada, mas, depois do casamento misto, abandonou a igreja".
  3. Nossa sociedade é mais aberta do que a dos tempos bíblicos; os tempos mudaram. Essa é clássica dos néo-liberais.
Não é fácil lutar contra o pragmatismo, quando ele se fortalece com algum embasamento da experiência. Algumas pessoas se mostram totalmente cegas à Bíblia quando a experiência aponta para outra direção. Contra essas motivações pragmáticas, argumento em prol do Sola Scriptura. Se a Bíblia é a única regra de fé e prática, assim como defendeu a Reforma Protestante, qualquer que seja a minha experiência, deve ser submetida ao crivo das Escrituras Sagradas. A Bíblia é clara ao condenar o jugo desigual no casamento (Gn 24.1,2; 28.1,6-9; Ed 10.2; Ne 13.23-27; 1Co 7.39; 2Co 6.14). O jugo desigual no casamento somente deveria incluir casos em que o casal era incrédulo e uma das partes foi convertida posteriormente. No entanto, jovens cristãos têm procurado namoro com pessoas de fora da igreja alegando que nela não há alguém disponível, que vê todo mundo como irmão ou apenas como amigo, que o coração falou mais forte. Isso quando não parte para pressupostos completamente absurdos como: "ele(a) não é crente, mas é uma pessoa boa, trabalhadora... Só falta ser crente!" Pronto, agora as obras ganharam papel preponderante para qualificar alguém.
Mas e quando alguém usa a Bíblia para defender o jugo desigual? Aí é que a vaca vai para o brejo mesmo! A Bíblia não se contradiz. Ou ela diz uma coisa ou outra. Jamais ela afirma coisas antagônicas. Certa vez ouvi um pastor defendendo o casamento misto afirmando que Rute era estrangeira e Boaz judeu e que, se não fosse o casamento misto deles, Jesus não viria ao mundo. Essa foi demais! O Dr. Mauro Meister, ao ouvir esta argumentação, não resistiu e afirmou: "esse era o mesmo método de interpretação de Satanás lá em Gênesis 3". O problema desse tipo de argumentação é que ele leva ao pé da letra aquilo que é conveniente. Por exemplo: eles dizem que a Bíblia condenava o casamento entre judeu e estrangeira e param por aí. Tudo bem que Rute era estrangeira, mas o cerne do problema não era sua nacionalidade. O problema era que um estrangeiro também servia a deuses estranhos. No caso de Rute, ela já havia sido convertida, porque, antes de conhecer Boaz e se casar com ele, já dissera a sua sogra Noemi: "onde quer que fores, irei eu; e onde quer que pousares, ali pousarei eu; o teu povo será o meu povo, o teu Deus será o meu Deus" (Rt 1.16). Note que ela não possuía deuses estranhos, mas havia sido convertida ao Deus de Israel. Rute e Boaz não se casaram em jugo desigual.
Para os que gostam de argumentos confirmados com a prática, o que dizer dos mais numerosos casos em que o rapaz ou a moça se casa com uma pessoa não crente e se afasta de Deus depois? Já vi casos em que o marido disse: "o nosso casamento será a última vez que ela porá os pés na igreja". São poucas as que tomam coragem e preferem servir a Deus em primeiro lugar do que outra coisa. Spurgeon ouviu uma moça explicar que seria bom para ela se casar com um rapaz incrédulo. Então ele e fez sentar-se em sua mesa. Pediu que ela o puxasse para cima. Ela não conseguiu. Sem esforço, ele a puxou para baixo e ela desceu da mesa. Então ele arrematou: "O que é mais fácil? Puxar alguém para cima ou para baixo?" Da mesma forma, sua inclinação pecaminosa não mostraria resistência quando seu futuro marido tentasse levá-la para os seus caminhos. Eu conheço de 6 a 8 casais cujo cônjuge era incrédulo no casamento e foi convertido depois. Interessante é que a maioria desses casais (se não todos) condena o casamento misto. No entanto, conheço mais de vinte pessoas que eram produtivas na igreja e, ao se casarem em jugo desigual, perderam todo o empenho de antes.
Para encerrar esta postagem, transcrevo a Palavra de Deus, dita por Paulo em 2 Coríntios 6.14-7.1: "Não vos prendais a um jugo desigual com os incrédulos; pois que sociedade tem a justiça com a injustiça? ou que comunhão tem a luz com as trevas? Que harmonia há entre Cristo e Belial? ou que parte tem o crente com o incrédulo? E que consenso tem o santuário de Deus com ídolos? Pois nós somos santuário de Deus vivo, como Deus disse: Neles habitarei, e entre eles andarei; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo. Pelo que, saí vós do meio deles e separai-vos, diz o Senhor; e não toqueis coisa imunda, e eu vos receberei; e eu serei para vós Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-Poderoso. Ora, amados, visto que temos tais promessas, purifiquemo-nos de toda a imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santidade no temor de Deus". Olhemos firmemente para as promessas de comunhão plena com Deus. Para quê abrir mão dos caminhos planos e belos dessas promessas em troca de aventuras nos caminhos tortuosos e esburacados da desobediência?
Que o Senhor nos dê cada vez mais coragem de afirmar as verdades da sua Palavra! Amém!

Pr. Charles

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19 novembro 2010

UNIVERSIDADE MACKENZIE: EM DEFESA DA LIBERDADE DE EXPRESSÃO RELIGIOSA


A Universidade Presbiteriana Mackenzie vem recebendo ataques e críticas por um texto alegadamente “homofóbico” veiculado em seu site desde 2007. Nós, de várias denominações cristãs, vimos prestar solidariedade à instituição. Nós nos levantamos contra o uso indiscriminado do termo “homofobia”, que pretende aplicar-se tanto a assassinos, agressores e discriminadores de homossexuais quanto a líderes religiosos cristãos que, à luz da Escritura Sagrada, consideram a homossexualidade um pecado. Ora, nossa liberdade de consciência e de expressão não nos pode ser negada, nem confundida com violência. Consideramos que mencionar pecados para chamar os homens a um arrependimento voluntário é parte integrante do anúncio do Evangelho de Jesus Cristo. Nenhum discurso de ódio pode se calcar na pregação do amor e da graça de Deus.

Como cristãos, temos o mandato bíblico de oferecer o Evangelho da salvação a todas as pessoas. Jesus Cristo morreu para salvar e reconciliar o ser humano com Deus. Cremos, de acordo com as Escrituras, que “todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Romanos 3.23). Somos pecadores, todos nós. Não existe uma divisão entre “pecadores” e “não-pecadores”. A Bíblia apresenta longas listas de pecado e informa que sem o perdão de Deus o homem está perdido e condenado. Sabemos que são pecado: “prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçaria, inimizades, contendas, rivalidades, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices, glutonarias” (Gálatas 5.19). Em sua interpretação tradicional e histórica, as Escrituras judaico-cristãs tratam da conduta homossexual como um pecado, como demonstram os textos de Levítico 18.22, 1 Coríntios 6.9-10, Romanos 1.18-32, entre outros. Se queremos o arrependimento e a conversão do perdido, precisamos nomear também esse pecado. Não desejamos mudança de comportamento por força de lei, mas sim, a conversão do coração. E a conversão do coração não passa por pressão externa, mas pela ação graciosa e persuasiva do Espírito Santo de Deus, que, como ensinou o Senhor Jesus Cristo, convence “do pecado, da justiça e do juízo” (João 16.8).

Queremos assim nos certificar de que a eventual aprovação de leis chamadas anti-homofobia não nos impedirá de estender esse convite livremente a todos, um convite que também pode ser recusado. Não somos a favor de nenhum tipo de lei que proíba a conduta homossexual; da mesma forma, somos contrários a qualquer lei que atente contra um princípio caro à sociedade brasileira: a liberdade de consciência. A Constituição Federal (artigo 5º) assegura que “todos são iguais perante a lei”, “estipula ser inviolável a liberdade de consciência e de crença” e “estipula que ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política”. Também nos opomos a qualquer força exterior – intimidação, ameaças, agressões verbais e físicas – que vise à mudança de mentalidades. Não aceitamos que a criminalização da opinião seja um instrumento válido para transformações sociais, pois, além de inconstitucional, fomenta uma indesejável onda de autoritarismo, ferindo as bases da democracia. Assim como não buscamos reprimir a conduta homossexual por esses meios coercivos, não queremos que os mesmos meios sejam utilizados para que deixemos de pregar o que cremos. Queremos manter nossa liberdade de anunciar o arrependimento e o perdão de Deus publicamente. Queremos sustentar nosso direito de abrir instituições de ensino confessionais, que reflitam a cosmovisão cristã. Queremos garantir que a comunidade religiosa possa exprimir-se sobre todos os assuntos importantes para a sociedade.

Manifestamos, portanto, nosso total apoio ao pronunciamento da Igreja Presbiteriana do Brasil publicado no ano de 2007 [LINK http://www.ipb.org.br/noticias/noticia_inteligente.php3?id=808] e reproduzido parcialmente, também em 2007, no site da Universidade Presbiteriana Mackenzie, por seu chanceler, Reverendo Dr. Augustus Nicodemus Gomes Lopes. Se ativistas homossexuais pretendem criminalizar a postura da Universidade Presbiteriana Mackenzie, devem se preparar para confrontar igualmente a Igreja Presbiteriana do Brasil, as igrejas evangélicas de todo o país, a Igreja Católica Apostólica Romana, a Congregação Judaica do Brasil e, em última instância, censurar as próprias Escrituras judaico-cristãs. Indivíduos, grupos religiosos e instituições têm o direito garantido por lei de expressar sua confessionalidade e sua consciência sujeitas à Palavra de Deus. Postamo-nos firmemente para que essa liberdade não nos seja tirada.

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09 novembro 2010

Análise da música "Livre Acesso"

Em primeiro lugar, gostaria de deixar claro que admiro muito o excelente trabalho que vem sendo realizado por diversos grupos musicais no meio evangélico brasileiro. Quando posto comentários sobre as músicas, não pretendo denegrir ninguém. Apenas comparar ou confrontar as diversas canções com a doutrina bíblica. Minha intenção é a de fornecer bases para um debate sincero e esclarecedor a respeito do que a Bíblia nos ensina, a fim de que os leitores e compositores pensem sobre a importância da correção bíblica do que cantamos. Se nossa adoração tem que ser em espírito e em verdade (contra o que é falsificado), ou seja, embasada na Palavra, então precisamos pensar mesmo.
Hoje escolhi uma canção belíssima e extremamente envolvente para pensar a respeito de sua letra. Eis a canção:

Senhor eu não sou nada diante do teu poder 
Nem merecedor do teu imenso amor 
Através do teu filho tenho livre acesso a ti 
Que me fez chegar aos teus pés 
Me humilhar diante de ti 
Deixa o teu rio, passar em minha vida 
E curar minhas feridas, sarar as minha dores 
Livra-me ó Deus, das cadeias que me prendem 
Toca em minha'alma, faz de mim o teu querer 
Senhor!


Esta canção possui uma ênfase importante na necessidade de nos humilharmos perante o Senhor. Jesus disse que os humildes de espírito são bem-aventurados, em Mateus 5.3. Tiago recomenda que nos humilhemos perante Deus e ele nos exaltará (Tg 4.10). Realmente, não temos nada a oferecer a Deus; só podemos pedir. Como pecadores que somos, não merecemos mesmo a bondade de Deus, seu amor, a salvação, a misericórdia. No entanto, como bem ressaltou o autor, temos acesso ao Pai pela mediação do Filho, o sumo-sacerdote que nos aproxima pelo seu sangue (Hb 10.19-21). A menção ao rio, que ele pede que o Senhor deixe passar, nos faz lembrar da torrente das águas purificadoras de Ezequiel 47 e nos remetem às palavras de Jesus em João 7.37-39: "Ora, no seu último dia, o grande dia da festa, Jesus pôs-se em pé e clamou, dizendo: Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crê em mim, como diz a Escritura, do seu interior correrão rios de água viva. Ora, isto ele disse a respeito do Espírito que haviam de receber os que nele cressem; pois o Espírito ainda não fora dado, porque Jesus ainda não tinha sido glorificado".
O problema surge quando chegamos à parte em que o autor diz: "livra-me ó Deus das cadeias que me prendem". A relevância dessa frase dependerá de quem está cantando. Se for um cristão genuíno, não faz sentido nenhum. Jesus disse:  "E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará" (Jo 8.32). Também afirmou: "Se, pois o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres". Paulo disse que o Senhor nos chamou à liberdade (Gl 5.13). Também João afirma que Jesus Cristo se manifestou para destruir as obras do diabo (1Jo 3.8). Em suma, se você creu no evangelho, foi liberto. Não faz sentido agora cantar "livra-me das cadeias que me prendem". Se alguém cantar isso, biblicamente falando, é porque ainda não foi salvo. "Mas e a liberdade poética"?  - alguém poderia perguntar. Volto a dizer o que já escrevi aqui uma vez: nossa liberdade poética tem que ser serva da palavra de Deus. Outra pessoa poderia pensar que o sentido é de  nos livrar do pecado que nos assedia. Mas ser assediado pelo pecado não significa ser escravo do pecado. Mesmo quem não é mais escravo do pecado por causa da conversão, terá de travar lutas para mortificar o pecado na vida a cada dia (Gl 5.17). Mas ele vence o pecado (1Jo 3.9), porque não é escravo.
Concluindo, se eu pudesse fazer uma sugestão ao compositor, sugeriria uma revisão nessa frase, pois, com as coisas de Deus, boa intenção apenas não resolve (Uzá que o diga!). É necessário que cantemos a fiel Palavra de Deus ou algo que esteja em plena conformidade com ela. Os cânticos precisam ser espirituais. E serão, se estiverem de acordo com a Palavra de Deus, que é inspirada pelo Espírito Santo e tem que ser a nossa única regra de fé e prática.


Pr. Charles

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27 outubro 2010

Análise do Hino "Contemplação" (13 do HNC)

Este hino possui uma das melodias mais belas e envolventes do Hinário Novo Cântico. O autor foi o norte-americano Robert Lowry, que nasceu na Pensilvânia em 12 de março de 1826 e morreu em Plainfield, New Jersey em 25 de novembro de 1899. Foi um proeminente pastor batista e professor de Literatura na Universidade de Lewisburg. Como músico, contribuiu bastante na hinódia batista e mundial. No entanto, sua melodia "Always Cheerful" recebeu uma versão bela, porém contendo uma informação que carece de melhor formulação.

Eis a letra:

Se nos cega o sol ardente
Quando visto em seu fulgor,
Quem contemplará Aquele
Que do sol é Criador?
Patriarcas não puderam
O seu rosto contemplar,
Nem Adão chegou a vê-lo
Antes mesmo de pecar!

Luz perante a qual é trevas
Mesmo o sol a fulgurar!
Nossos olhos pecadores
Não te podem contemplar!
Fogo em cima da arca santa,
Sarça ardente do Sinai
São figuras desta glória
Do Senhor e Eterno Pai.

Para termos nós com ele
Franca e doce comunhão,
Cristo, o Filho fez-se carne,
Fez-se nossa Redenção!
Para que na glória eterna 
O vejamos já sem véu,
Cristo padeceu a morte,
O caminho abrindo ao céu.

A poesia é de fato maravilhosa e correta, biblicamente, exceto pelas quatro últimas linhas. O texto diz que nós poderemos ver a Deus Pai face a face no céu. Isso não é verdade. Jesus declarou a respeito do Pai: "Deus é espírito" (Jo 4.24). Nós não podemos ver o pai simplesmente porque ele é Espírito, não tem corpo. A comunicação revelacional da Trindade é o Filho, o Verbo, que via de regra se manifestava corporalmente em teofanias (manifestações visíveis), como na sarça ardente, na coluna de fogo, na nuvem, na figura do Anjo do Senhor. Também sabemos da manifestação do Espírito em forma corpórea, como pomba, no batismo de Jesus, mas isso ocorreu numa situação diferente, na revelação da Trindade no início do ministério de Jesus Cristo. Ainda no Evangelho de João, vemos Jesus afirmar: "quem vê a mim, vê o Pai" (Jo 14.9). Pela afirmação de Jesus, nós veremos o Pai no Filho.


Outra frase que carece de melhor formulação é a última: "o caminho abrindo ao céu". Pela mensagem bíblica, abrir caminho é diferente de levar ao céu. Paulo disse em 1 Tessalonicenses 4.17: "Depois nós, os que ficarmos vivos seremos arrebatados juntamente com eles, nas nuvens, ao encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor". A igreja será arrebatada, levada ao céu. Quando alguém diz que Jesus veio abrir caminho para o céu, se esquece de que a Bíblia fala que seremos levados para lá. Jesus veio, não apra abrir caminho, mas para nos conduzir, como o pastor conduz as ovelhas. Lucas 19.10 diz: "porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido". Não meramente "tornar possível" a salvação.
Agora segue algumas possibilidades para que a letra seja reformulada:

Para termos nós com ele
Franca e doce comunhão,
Cristo, o Filho fez-se carne,
Fez-se nossa Redenção!
Para que na glória eterna 
Desfrutemos do bem do céu,
Cristo padeceu a morte,
Lá na cruz partindo o véu.

Ou quem sabe:

Para que na glória eterna 
Vejam o Pai no Filho já sem véu,
Cristo padeceu a morte,
Conduzindo a igreja ao céu.

Agora você decide: qual você acha que é a melhor opção?

Abraço!
Pr. Charles

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17 outubro 2010

Análise da Música "Reina em Mim"

Existem muitas músicas na atualidade que são completamente envolventes e de ritmo extremamente agradável. Uma vez eu estava num culto da federação de jovens do Presbitério de Santo André e a equipe de louvor começou com uma música dessas que cativa desde o primeiro acorde. A letra é essa:


Sobre toda a terra Tu és o Rei 
Sobre as montanhas e pôr do sol 
Uma coisa só meu desejo é: 
Vem reinar de novo em mim. 

Reina em mim com Teu poder 
Sobre a escuridão, sobre os sonhos meus 
Tu és o Senhor de tudo o que sou 
Vem reinar em mim, Senhor. 

Sobre o meu pensar, tudo que eu falar 
Faz-me refletir a beleza que há em Ti 
Tu és para mim mais que tudo aqui 
Vem reinar de novo em mim.



Ao ouvir a letra, me senti completamente incomodado. Depois pensei melhor no texto e entendi o porquê do desconforto. Em primeiro lugar, a música expressa uma tremenda contradição. Se Deus é o Rei sobre toda a terra, por que o autor pediu para Deus reinar nele? Outra coisa que me incomodou foi a frase "vem reinar de novo em mim". Como fica a situação de um crente sincero que tem lutado para aprender a sã doutrina por anos, freqüentando reuniões de oração, testemunhando com a vida e palavras o evangelho de Cristo, compartilhando a mensagem salvadora com os amigos e vizinhos, que canta essa frase? Então o reinado de Cristo é assim, que vai e vem para alguém pedir que ele reine de novo? Um crente não pode cantar isso. Nem um incrédulo. Um incrédulo deveria cantar "reina em mim" e não "vem reinar de novo em mim", porque ele nunca se submeteu antes ao seu senhorio. E não nos esqueçamos de que o reinado de Cristo é sobre todos. Tanto é que o texto de Filipenses 2.9-11 diz que ele recebeu o nome que está acima de todo nome para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho no céu, na terra e embaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor para a glória de Deus Pai.
A outra estrofe repete a mesma impossibilidade lógica. Para quê pedir que ele venha reinar de novo em mim, se ele já é "para mim mais que tudo aqui"? Resumindo, essa música caiu no gosto geral de boa parte do povo evangelical porque foi recebida sem a devida reflexão. Veja bem, não é nem bíblica, mas lógica mesmo. Devemos pensar cuidadosamente sobre o que cantamos, para não afirmar frases incoerentes e quase irracionais. O Senhor quer ser adorado  e cultuado de modo agradável e inteligível (Rm 12.1). Para encerrar, transcrevo as palavras de Paulo em 1 Coríntios 14.15:  "Que fazer, pois? Orarei com o espírito, mas também orarei com o entendimento; cantarei com o espírito, mas também cantarei com o entendimento".


Pr. Charles

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11 outubro 2010

Análise da Música "Deus de Promessas"

Em 2007 ou 2008 tive a alegria de ouvir pela primeira vez a música "Deus de Promessas" do Ministério Toque no Altar. Achei a música muito bonita, mas, como sou pastor presbiteriano, subscrevente à Confissão de Fé de Westminster, não posso cantar ou ensinar uma música sem analisar a sua letra. Tenho duas considerações sobre o conteúdo da letra.
Antes de mais nada, quero fazer uma consideração sobre a "Liberdade Poética". Esta liberdade tem sido alvo de apelos quando algo da letra é questionado. Veja bem, a liberdade poética sugere que o poeta é livre para não seguir determinadas regras gramaticais. É o caso da música que diz: "inútel, a gente somos inútel", do Roger (Ultraje a Rigor). No entanto, existem limites entre a liberdade e a coerência. Posso ser livre para escrever o que eu quiser, mas precisa ter coerência ou fazer algum sentido. Recomendo a  leitura do excelente texto publicado no site Overmundo, sobre a falácia da liberdade poética:


http://www.overmundo.com.br/banco/liberdade-poetica-ou-falacia


Voltando ao ponto, quando escrevemos poemas sobre o conteúdo bíblico, a liberdade poética se torna serva da Escritura Sagrada. Então podemos escrever com liberdade para nos expressar com os recursos da poética da língua portuguesa, mas com submissão total às Escrituras Sagradas. No caso da música "Deus de Promessas", eu faria duas considerações sobre a letra, que penso não estar de conformidade com o ensino da Bíblia.
1. "És Deus de perto e não de longe": A frase dos autores pretende enfatizar o fato de que Deus está sempre perto. No entanto, a liberdade poética não nos dá liberdade para desdizer a Bíblia. O problema dessa frase é que o texto de Jeremias 23.23 diz: "Acaso, sou Deus apenas de perto, diz o SENHOR, e não também de longe?" Tendo em vista este problema, mandei um e-mail aos compositores e pedi autorização apra cantar "És Deus de perto e Deus de longe". Eles não responderam. Como "quem cala, consente", mudamos a letra e cantamos com a alteração feita.
2. "Meus olhos vão ver o impossível acontecer": Bom, depende de muitas coisas. O que eles querem dizer com isso? Levando em consideração a linha do ministério Toque no Altar (o próprio nome já indica no mínimo flerte com os movimentos de ressurreição das sombras do AT, "Levitas", "shofar", etc.), a idéia é de que milagres vão acontecer. O que é um milagre? É a ação imediata de Deus, ou providência especial ou imediata. Deus não usa de meios para realizar certas obras, dependendo exclusivamente de seu querer. Esse é o problema. Quem garante que Deus quer que os meus olhos vejam o impossível acontecer? Outra coisa, hoje em dia não é seguro o caminho que vai à busca de milagres, sinais e maravilhas. Muitos falsos mestres tentam confirmar seu ensino herético por meio de sinais e maravilhas. Alguns textos bíblicos mostram que milagres podem ocorrer segundo a eficácia de Satanás. Inclusive, é dito nas Escrituras que sinais portentosos ocorreriam nos últimos dias para seduzir as nações atrás da Besta (Ap 13). 
Não pretendo agir como cético e dizer que milagres não acontecem. Eu já vi muitos acontecerem. Creio em milagres da parte de Deus. Só não firmo a minha fé nisso, porque fé que depende de experiências para ser confirmada não é fé. É incredulidade. Tomé foi censurado pelo Senhor Jesus porque só creu quando viu. "Bem-aventurados os que não viram e creram" (Jo 20.29). Então cante sabendo que os seus olhos somente verão o impossível acontecer se o Senhor quiser.
Que esta postagem nos estimule a pensar no que cantamos. Se você é um crente confessional (se você subscreve a uma confissão de fé, a de Westminster, por exemplo, como eu), então sua responsabilidade aumenta ainda mais. Temos de ser coerentes e cantar o que cremos.


Pr. Charles

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29 setembro 2010

Ela (Ligian, por ocasião de seu aniversário)


Ela, que escreve, que passa e que pensa a vida como ela é
Ela, que inspira e transpira palavras de graça com a graça que tem
Ela, que canta e que encanta, que fala e cativa alguém como eu
Ela, que sente e que expressa com pressa o sentido que na alma tem

Ela, que ri e sorri um sorriso que expressa uma outra intenção
Ela, que ama e cuida das vidas que curte, que sempre quer bem
Ela, que é linda, que é forte e fatal quando fala ao meu coração
Ela, que é triste às vezes, por causa das cores que não vestem bem

Ela, que é fraca às vezes, mas logo recobra a força afinal
Ela, que teme, que prega, que entrega, que ensina a verdade de Deus
Ela, que chora, que implora de Deus a alegria de ver bem os seus
Ela é a mulher da minha vida, o presente prudente que veio de Deus.

Seu marido que tanto te ama,
Charles

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28 setembro 2010

História do Hino "Amazing Grace" - outra versão


Fiquei impressionado com a história da "escala dos escravos", que só compunham melodias com as notas das teclas pretas do piano. Então veja você mesmo e se impressione com o que a graça de Deus pode fazer com um traficante de escravos, como John Newton, autor de "Amazing Grace". Basta clicar no link abaixo:

http://www.youtube.com/watch?v=Uv2TUYTRbVU&feature=player_embedded

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27 setembro 2010

Questões ao Espiritismo

1.       Se a doutrina da reencarnação sustenta que o espírito humano evolui através de reencarnações seqüenciais, por que a violência, a imoralidade, a corrupção e a avareza só pioram?
a)      Porque a doutrina da reencarnação expressa uma impossibilidade lógica.
b)      Porque a violência é fruto da intriga da mídia.
c)       Não, o mundo está cada vez melhor!
2.       Por que os médiuns só psicografam escritores e não músicos, executando sua música com toda a sua genialidade original?
a)      Porque é tudo mentira.
b)      Porque todos os espíritos dos grandes gênios da música já estavam completamente evoluídos.
c)       Porque nem o demônio é capaz de imitar um gênio da música.
3.       Já que a todo instante um espírito evolui ao ponto de não precisar reencarnar mais, por que a população mundial só aumenta vertiginosamente, quando, pela simples lógica da doutrina da reencarnação, deveria diminuir?
a)      Porque existem ainda uns 798.859.197.236.349.290.732 espíritos que ainda não encarnaram.
b)      Porque a doutrina espírita expressa uma impossibilidade lógica.
c)       Porque na lógica espírita, o aumento da população é, na realidade, diminuição.
4.       Se o espírito evolui através de boas ações, e estas o conduzem à bem-aventurança espiritual, quanto de boas obras é necessário para que uma pessoa tenha segurança e esperança de que está salva?
a)      O espiritismo não oferece segurança de salvação.
b)      126.239 boas obras.
c)       3.895.387 boas obras.
5.       Se a doutrina espírita da reencarnação é “cristã”, por que a Bíblia (única regra de fé e prática cristã) diz que “aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto o juízo” (Hb 9.27)?
a)      A doutrina espírita não é cristã.
b)      Porque o versículo deve ser entendido num plano superior espiritual.
c)       Não consigo sair desta.
6.       Se no mundo espiritual estão incluídos os demônios, o que garante que as experiências das sessões espíritas sejam verdadeiras e expressam a verdade?
a)      O demônio fala e expressa a verdade.
b)      As experiências espíritas são enganosas.
c)       Também não consigo sair desta.
7.       O que significa a declaração bíblica de que Saul “entendeu que era Samuel”, o personagem da visão da pitonisa?
a)      Que a visão dela foi de interpretação subjetiva.
b)      Que ele poderia estar enganado.
c)       Ai ai ai.
8.       Se a pitonisa de En-Dor teve visão de Samuel já morto, por que ele disse que Saul iria para o mesmo lugar que ele, sendo que já estava revelada a rejeição de Saul da parte de Deus?
a)      Samuel foi para o inferno.
b)      Saul foi para o céu, mesmo tendo sido rejeitado por Deus.
c)       A visão da pitonisa era enganosa.
9.       Já que a Bíblia é a verdade, a Palavra de Deus, por que o espiritismo não depende dela, mas de visões, sugestões e sensações provindas de um suposto mundo espiritual que só acredita quem “viu”?
a)      Porque o espiritismo não tem base na Bíblia.
b)      Porque, se tivesse base na Bíblia, não seria espiritismo, mas cristianismo autêntico.
c)       ZZZ...
10.   O que o mormonismo, o islamismo e o espiritismo possuem em comum?
a)      Os três movimentos surgiram a partir de revelações extra-bíblicas.
b)      Os três movimentos estão certos.
c)       Os três movimentos estão errados.

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16 setembro 2010

Contra o Agnosticismo

                Existe uma corrente filosófica que afeta diretamente a religião dos seus adeptos: agnosticismo. O agnosticismo afirma que o conhecimento objetivo sobre Deus, sua existência e obras, não é possível. O problema fundamental dessa corrente é que Deus não é um Ser oculto. Ele é conhecível, embora não seja compreensível. Você pode conhecer a Deus, mas não consegue compreender tudo sobre seu Ser. No entanto, ele é o Deus que se revela de forma geral, a todos, sem exceção, através da natureza (Sl 19.1-6; Rm 1.18-25) e do senso de divindade que está gravado em todo coração. Deus também se revela, de forma especial, através da sua Palavra, a Bíblia (Sl 19.7-14; 2Pe 1.21; 2Tm 3.16,17). Logo, o agnosticismo é incoerente; e a raiz do problema é a ignorância e a incredulidade que ele promove. Ignorância, porque não oferece o conhecimento da Palavra de Deus. Incredulidade, porque, seguindo os passos da ignorância, o agnosticismo não promove a fé no Deus que se revela na Escritura Sagrada.
                A Bíblia diz que tudo o que precisamos saber para viver de acordo com o padrão estabelecido por Deus está escrito nela mesma: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra” (2Tm 3.16,17). Devemos buscar conhecimento excelente da Palavra porque ela é inspirada por Deus, ou seja, o Espírito Santo conduziu os homens que a escreveram, de forma que eles registraram fielmente tudo o que Deus lhes havia revelado. Então ela não possui erros. É a fonte segura de conhecimento para aquele que quiser agradar a Deus. Ela também é útil, ou seja, ferramenta proveitosa para o ensino (instrução acerca do conteúdo da verdade); para a repreensão (instrução acerca de como se deve viver pela verdade); para a correção (instrução acerca do que devemos fazer para mudar o que está errado); para a educação na justiça (instrução para amadurecimento , santificação e crescimento espiritual), com o objetivo de prover a igreja de Deus com servos aprovados, que ofereçam bons exemplos de vida cristã, e capacitados e treinados para as demandas do evangelho de Cristo.
                Querido leitor, precisamos recorrer à Palavra de Deus com empenho e dedicação. Ela não pode ser lida apenas nos domingos e, mesmo assim, só na igreja. Ela é tão preciosa e essencial ao nosso relacionamento com Deus, que precisa ser lida e meditada todos os dias. Um homem foi perguntado o que sua esposa faria se ele não dedicasse tempo para ela. Ele respondeu: “Ah, certamente ela ficaria chateada comigo, e com toda a razão”. Então o entrevistador perguntou: “você tem dedicado tempo a Deus?” O homem concluiu que precisava repensar sua vida com Deus. Se não dedicamos um tempo diário com a leitura da Palavra diariamente, precisamos repensar nossa agenda diária. Se tivermos muita facilidade de dedicar tempo a outras coisas que não são importantes em detrimento dos momentos com Deus em meditação na Palavra, então a situação é grave. A indiferença e a frieza espirituais estão às portas, se é que ainda não se instalaram em nosso coração.
                Não seja agnóstico prático, ou seja, aquele que não necessariamente levanta a bandeira do agnosticismo, mas vive numa constante desistência de buscar conhecer mais a Deus. Como sua adoração será recebida por ele se você não o conhecer? Falando sobre o relacionamento superficial de Israel consigo, o Senhor disse por meio de Isaías: “O boi conhece o seu possuidor, e o jumento, o dono da sua manjedoura; mas Israel não tem conhecimento, o meu povo não entende” (Is 1.3). Conheça a Deus e desfrute das delícias de um relacionamento próximo com o Todo-Poderoso. A Escritura adverte: “Não sejais como o cavalo ou a mula, sem entendimento, os quais com freios e cabrestos são dominados; de outra sorte não te obedecem” (Sl 32.9). Sejamos fiéis e excelentes no conhecimento de Deus pela sua Palavra.

Rev. Charles Melo de Oliveira

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27 agosto 2010

Projeto do Novo CD - "Coerência" (Título Provisório)



Eu sempre me preocupei com o uso da música com bom senso e qualidade. Lembrando que ela é um meio tremendo para a comunicação de uma mensagem com o sentimento, nada melhor que usá-la para comunicar a fé cristã. Cabe ao cristão, no entanto, pensar muito no fato de que sua boca manifestará o ensino da Escritura. Cantar a fé é privilégio. Mas também envolve uma responsabilidade muito grande. Se a Bíblia é a nossa única regra de fé e prática, então o que professamos crer tem de estar em plena sintonia com o que cantamos. Muito mais, tem de estar em concordância com a vida que levamos. Isso é coerência.
Idail e eu temos a mesma preocupação. Queremos cantar, compor, ensinar as verdades bíblicas, mas, sobretudo, viver. Neste intento, surgiu a idéia do projeto Coerência. Este é uma reunião de nossas composições num CD a fim de que a igreja compartilhe conosco do que temos pensado sobre o relacionamento do homem com Deus, a Bíblia, a vida cristã e a música. São sete músicas do Idail, sete minhas e duas parcerias. A idéia original foi do Idail, uma vez que estávamos num ciclo criativo de em torno de uma música nova a cada semana, para a cantata sobre a vida e ministério do Apóstolo Paulo. Em princípio, ele pensou na possibilidade de eu mesmo produzir os arranjos. O meu problema era a falta de tempo para conciliar trabalho musical com o ministério pastoral na Sexta Igreja Presbiteriana de Belo Horizonte. Resolvemos contatar o Daniel Maia, que tinha acabado de fazer um brilhante trabalho no CD Povo da Aliança. Estamos no estúdio esta semana. Hoje (sexta-feira dia 27/08/2010) deveremos encerrar nosso trabalho vocal. O trabalho está ficando muito interessante, com a assinatura do Daniel em arranjos muito criativos, com certa complexidade harmônica e rítmica. Aliás, os ritmos do CD estarão bem variados. Desde pop ao rock, da balada ao xaxado, com bastante harmonia nos vocais (duas músicas lembram arranjos do "Boca Livre"). Músicos de excelente qualidade já deixaram sua marca. Além do Daniel colocar seus violões e guitarras com a maestria de sempre, Telo Borges e Davi Werner já gravaram com piano e teclados. Ainda falta gravar o Cézar Elbert no piano e teclados, sanfona e flauta transversal. Na bateria, Renan Ruotolo (meu filho na fé) impressionou com seu talento já demonstrado no CD "Povo da Aliança" (quem quiser comprar este CD pelo preço promocional de apenas R$ 7,00, clique no site http://www.editoraculturacrista.com.br/produtos.asp?codigo=547).
Na definição do repertório, cada um escolheu sete músicas. Duas parcerias ficaram listadas desde o início para completar as dezesseis músicas do Projeto. Compartilho agora a lista das músicas com uma breve descrição delas:
1.       Pós-Modernidade: Fala sobre as características do pensamento na atualidade, na qual o relativismo impera trazendo conseqüências desastrosas no campo da ética e da religião. Os homens vivem como robôs, frios, competitivos. São os troféus da cibernética. A tolerância é a moda geral; só não toleram a Palavra. Mas a despeito dos desmandos, Jesus é, absolutamente, o caminho, a verdade e a vida.
2.       Sim, Vou Cantar: Um testemunho de quem crê em Jesus, e recebeu sua paz. Esse tem razão para cantar e exaltar ao seu Salvador.
3.       Coerência: Em 1 Tessalonicenses 1.3,4, Paulo diz que a eleição da igreja se torna reconhecida à medida que exibe o trabalho decorrente da fé genuína, a abnegação decorrente do amor e a firmeza da esperança em Cristo Jesus.
4.       Ansiedade: Tanto o homem do sertão, com sua foice e sua enxada, quanto o homem da cidade grande, com sua marmita na mão e dependência do trem urbano para ir para o trabalho, tanto um como o outro só conseguem o pão de cada dia (Salmo 127) porque Deus vai adiante providenciando o sustento. Por que tanta ansiedade, etnão? (Mateus 6.25-34).
5.       Culto Pobre: Deus deve muitas vezes sofrer o culto que prestamos, quando o fazemos sem o uso adequado da razão. Mas Deus quer um culto que envolva adoração em espírito e em verdade.
6.       Como Voltar?: Imagine uma pessoa se olhando no espelho, pensando em onde foi que havia errado para que sua vida espiritual ficasse em frangalhos. De repente, ela se dá conta de que sua vida é uma contradição se ela professar crer numa coisa e viver outra. Enfim, decide retomar o caminho da obediência a Cristo.
7.       Nossa História: Esta é uma canção feita por ocasião do casamento do Artur e da Catarina. Eles tiveram de adiar a data umas três vezes, porque cada vez acontecia uma coisa diferente que atrapalhava os planos. Enfim, realizaram o sonho.
8.       Belo Horizonte: Um trocadilho com o nome da cidade que nos abriga, nesta música comparamos a vida cristã de com um misto de viagem paradisíaca com uma poesia escrita por Deus. Faz todo sentido, pois em Efésios 2.10 Paulo diz que somos “feitura” de Deus, literalmente “poema” (do grego, poima).
9.       Voz do Vento: Nesta música, o Idail levantou algumas questões como se fosse um agnóstico. Quando ouvi a música pela primeira vez, senti uma compaixão profunda por aqueles que têm desistido de alcançar a resposta para suas perguntas existenciais. Pena que não correm para o lado certo. Se buscassem a resposta na Bíblia...
10.   Seja o Amor: O Idail fez esta música para ser cantada no casamento de uma amigaque fazia parte do Grupo Veredas. Mas, pensando na letra, fala do amor como necessário a todos nós o tempo todo no trato com todos. É uma música para qualquer hora e público!
11.   Para Sempre: É impressionante como há crentes que não desejam que Jesus volte logo. Querem terminar uma tarefa ou atividade qualquer, um curso, querem casar antes, comprar casa, subir no emprego. Isso é tão contraditório quanto o “sol sem seu fulgir”, da música Como Voltar. A esperança é uma das marcas principais do cristianismo, aparecendo várias vezes na tríade junto com a fé e o amor. Devemos viver sem nos apegar ao aqui e ao agora, sabendo que qualquer coisa que experimentemos aqui neste mundo, por mais agradável que seja, não pode ser comparada com a alegria, satisfação e glória do céu, quando “toda tristeza passará”.
12.   Rei Jesus: Esta música ecoa as doxologias dedicadas a Cristo. Porque Jesus Cristo é exaltado entre as nações. É o Rei dos reis e o Senhor dos senhores. Ela expressa o nosso desejo de exaltar a Jesus, porque seu amor foi incomparável. Só ele é Deus santo e justo e digno de louvor.
13.   Emanuel: Um dia cheguei à casa do Idail para uma visita pastoral, e ele me levou à sala do piano. Disse que tinha que tinha escrito algumas coisas, mas que precisava terminar. Quando ouvi as palavras que falavam da transcendência de Deus, fiquei maravilhado com a profundidade. Disse: “temos que terminar agora”. Então compusemos o restante da música, enfatizando tanto a transcendência como a imanência de Deus. Aliás, “imanência” é um termo que vem do hebraico imanu, que quer dizer “conosco”. Com o sufixo que, na verdade é designação de Deus “El”, Jesus é o Emanuel, o Deus Conosco.
14.   Maria Madalena: Imaginem se Maria de Magdala estivesse aqui hoje e fosse compartilhar sua experiência com Jesus? Ou então pense no que passava por sua mente quando ela esteve no jardim do sepulcro e teve aquele encontro emocionante com Jesus ressurreto. Esta canção é uma parceria com a poetisa da minha vida, Ligian, que a cada dia embeleza mais a nossa vida com suas lindas palavras e voz.
15.   Pai Nosso: A oração que o Senhor nos ensinou ganhou uma melodia compatível com a beleza e a profundidade das suas palavras. Esta música contará com a participação do Grupo Animma, que é composto de irmãos queridos da Sexta Igreja Presbiteriana de BH, que se desdobram semanalmente para ensaiar músicas de arranjos vocais difíceis e muitas vezes dissonantes. É um grupo de muita qualidade musical.
16.   Claridade: Eu sinceramente pensei no Telo Borges, um amigo que Deus reservou para que eu conhecesse aqui em Belo Horizonte, quando compus esta melodia e letra com o grande parceiro Idail. O Telo é conhecido não só por ser da tradicional família dos Borges (Lô, Nico, Ié, Márcio, etc., todos cantores e compositores do Clube da Esquina), mas por ter viajado o Brasil e o mundo acompanhando Milton Nascimento, Beto Guedes e outros. Telo vivia pra lá e pra cá buscando satisfação em coisas do aqui e do agora, entre notas, acordes e frustrações. Quem viu e quem vê o Telo sabe como o poder de Deus faz um homem renascer. Ele encontrou a claridade que tanto buscava. Jesus é a luz que o ilumina hoje.
Espero que vocês comprem essa idéia e me ajudem a divulgar este trabalho. O que pretendemos é glorificar a Deus, acima de qualquer coisa. Não queremos promover a nossa glória, porque não temos glória alguma, exceto pelo fato de termos sido resgatados por Cristo e ensinados por sua palavra. Portanto, nossa glória está na cruz do Senhor e em sua graça demonstrada a nós. Soli Deo gloria!
Pr. Charles

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