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30 dezembro 2010

Em que Devo Empregar meu Tempo em 2011?


Quando chega a passagem de ano, não consigo evitar. Pensamentos tristes me vêem à mente. Pensamentos do tipo: “deveria ter feito isso, aquilo...” O problema desse tipo de pensamento é que ele gera culpa e desânimo. Então resolvi usar isso em meu benefício. Em vez de ficar desanimado por detectar que deveria ter usado melhor meu tempo em 2010, resolvi pedir perdão a Deus pelo mau uso do tempo e estabelecer objetivos para remissão do tempo em 2011. Em vez de pensar no que eu deveria ter feito em 2010, pensarei agora no que deverei fazer em 2011.
                Em 2011 deverei ler mais a Bíblia. Já foi provado que uma leitura durante 72 horas na velocidade média da fala é suficiente para cobrir toda a Bíblia. Então se eu ler a Bíblia durante uma hora por dia, terei concluído sua leitura completa por mais de quatro vezes em 2011.
                Em 2011 orarei mais. Uma oração de um brasileiro dura, em média, cerca de 2 minutos. O que é isso diante de tanta necessidade de louvar a Deus e depositar diante dele as necessidades de seu povo? Precisarei orar mais pelos missionários, pelo meu país, por saúde, por segurança, pela igreja, pela minha família, pela minha vida...
                Em 2011 evangelizarei mais. Não poderei aceitar chegar ao fim de 2011 sem trazer uma alma a Cristo. Precisamos redescobrir a alegria de ver pessoas se rendendo aos pés do Redentor! Nossa igreja tem potencial para encher um classe de catecúmenos só com novos convertidos.
                Em 2011 procurarei adorar a Deus de modo agradável. O culto ao Senhor é função primordial do cristão. Foi para isso que fomos salvos: para adorar! É para isso que evangelizamos: para que mais adoradores se unam a nós. Mas para adorar a Deus de modo agradável, precisarei meditar mais na sua Palavra e conhecê-lo melhor. A Bíblia diz como Deus quer ser adorado. Não poderei cultuar de acordo com minhas intuições ou imaginação. Se quero agradar a Deus com minha adoração, deverei buscar orientação na sua Palavra.
                Em 2011 ofertarei mais. Tudo vem do Senhor. E do que é dele é que nós ofertamos todos os meses. Já que ele tem confiado a mim recursos que, bem administrados, poderão suprir meu lar e ainda ajudar outros, então desejo ofertar mais.
                Em 2011 escolherei melhor os filmes que assistirei. Não que eu só deverei assistir filmes “evangélicos”. Dentro de uma cosmovisão bíblica, há muitos filmes ditos não cristãos que são edificantes e possuem uma boa mensagem. Nada de banalidades!
                Em 2011 quero passar mais tempo com minha família. Na correria do dia a dia, pode ser que falemos “não” aos filhos em prol do trabalho e de uma atividade em benefício próprio. Direi mais “sim” a eles antes que seja tarde demais!
                Em 2011 quero pensar mais nas coisas do alto. Se a gente não vigiar, gasta o tempo todo pensando na carreira terrena, no currículo, no dinheiro e em diversão, e não pensa na volta de Cristo que é iminente, na alegria que teremos ao chegar na presença de Jesus e no fato de que jamais tropeçaremos ou sofreremos as conseqüências do pecado.
                Em 2011 quero glorificar mais a Deus. Não que a glória dele possa ser aumentada. Ela é intrínseca ao seu Ser grandioso. Mas quanto mais eu reconhecer suas obras e sua grandeza, mais eu o glorificarei. Quanto mais eu tornar sua glória conhecida, mais ele será glorificado também. Ah! Como eu gostaria que os outros, vendo meu correto procedimento, se encorajassem em seguir o Senhor e viver em santidade e comunhão com ele e com o próximo!
                E você? Que tal fazer também uma lista do que você gostaria de fazer com seu tempo em 2011? Que Deus nos abençoe e nos ajude a cumprir com esses planos para nossa alegria e para a sua glória!
Pr. Charles

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16 dezembro 2010

...E Vimos sua Glória!

“E o verbo se fez carne e habitou entre nós cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do Unigênito do Pai” (Jo 1.14)

                Na semana passada o Rev. Leorges disse no púlpito uma das frases mais belas e poéticas que ouvi esse ano: “a eternidade encontrou o nosso tempo quando Cristo nasceu em Belém; e o nosso tempo encontrará a eternidade quando ele voltar com poder e glória”. A vinda de Cristo a esse mundo é repleta de poesia. Poesia de amor desmedido, de compaixão, da dádiva graciosa, do altruísmo misericordioso. Sua vinda foi poesia de contraste reluzente para quem viveu durante seu ministério. Viram um menino, um homem, um servo despido de majestade. Ainda assim, puderam dizer representados pelo discípulo do amor: “e vimos a sua glória, glória como do Unigênito do Pai”.
                A glória que viram não era fabricada por um marqueteiro. Não impressionou pelo requinte do mais glorioso meio de transporte da época. Não foi uma glória típica de reis e rainhas vestidos de pomposos indumentos. Foi uma glória intrínseca do poder intrínseco de Deus. Foi a glória da saudação angelical diante dos reles pastores. Foi a glória dos sinais e maravilhas. A glória dos ensinamentos cheios de sabedoria e autoridade. A glória que viram foi a da cruz e a da crucificação, da vitória sobre o pecado com sua morte, da ressurreição que rompeu definitivamente com as trancas das portas do morte diante dos eleitos de Deus. A glória que viram é a glória que vemos. A glória do novo nascimento, quando o Espírito regenera, persuade, vence e convence. A glória da esperança do céu, da vida, do perdão, da glorificação. A glória da vitória, da nossa ressurreição, do arrebatamento, do júbilo celestial perene. Vemos com os olhos da fé a glória da supremacia da graça sobre o pecado devastador nas criaturas dele escravas e desprezadas ao relento.
                Mas se você ainda não viu essa glória, então peça a Deus que abra os olhos do seu coração. Peça a Deus que lhe faça resplandecer sobre a vista o brilho resultante da sublimidade dos seus atributos, qualidades majestosas que lhe revelam como Deus supremo e grandioso. Não permita que seus olhos olhem somente para a glória do mundo, dos homens; afinal isso às vezes é muito mais atraente. Mas não se esqueça de que “o homem é como a erva, e a sua glória, como a flor da erva. Seca-se a erva e cai a sua flor; a Palavra do Senhor, porém permanece eternamente” (1Pe 1.24,25).
                Enfim, que o olhar glorioso daquele que mostrou sua glória por onde passou repouse sobre a sua vida. Porque você só poderá ver a sua glória se ele passar sobre você o seu olhar restaurador. Sobre isso, a Ligian escreveu um poema lindo que desejo compartilhar:
O desespero mudo da busca
A lágrima invisível das frustrações
A dor na alma que gritava por alívio
A certeza angustiante da morte traiçoeira
O luto pela vida não vivida
O vazio deixado pela pseudo-alegria
A falta de esperança diante de um mundo mau
O sentimento de necessidade crescente e incógnita
A ausência da verdade e dos sentimentos que vêm dela
Todas essas coisas são apagadas por um olhar.
Olhar que não apenas viu, mas alcançou
Olhar que não apenas constatou um fato, mas que transformou
Olhar que não apenas concluiu, mas resgatou
Olhar que não apenas transmitiu um pensamento, mas amou.
Não há quem continue sendo a mesma pessoa depois de ter sido visto (realmente visto) pelo olhar de Cristo.
Depois desse olhar, certamente você também verá a sua glória! Feliz Natal!

Pr. Charles


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09 dezembro 2010

Casamento Misto

Recentemente participei de uma importante reunião do Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil. Um dos assuntos que me chamou a atenção foi o casamento misto. Para ser sincero, tem certas coisas que, para mim são tão simples, como dois mais dois são quatro: "não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos" (Rm 6.14). Mas infelizmente as pessoas conseguem complicar as coisas, explicando o mandamento de forma a favorecer um ponto de vista diferente. As motivações para burlar o mandamento são bem diversas:

  1. "Eu sou fruto de casamento misto" - esse é o velho pragmatismo. Pegue uma experiência isolada e o transforme em regra acima da Bíblia. Pronto, o mosquito do pragmatismo lhe contaminou.
  2. "Conheço uma moça que se casou com um incrédulo e o marido se converteu certo tempo depois do casamento" - Lá vem o pragmatismo de novo. Quero ver como fica a situação inversa, que representa franca maioria: "ela era consagrada, mas, depois do casamento misto, abandonou a igreja".
  3. Nossa sociedade é mais aberta do que a dos tempos bíblicos; os tempos mudaram. Essa é clássica dos néo-liberais.
Não é fácil lutar contra o pragmatismo, quando ele se fortalece com algum embasamento da experiência. Algumas pessoas se mostram totalmente cegas à Bíblia quando a experiência aponta para outra direção. Contra essas motivações pragmáticas, argumento em prol do Sola Scriptura. Se a Bíblia é a única regra de fé e prática, assim como defendeu a Reforma Protestante, qualquer que seja a minha experiência, deve ser submetida ao crivo das Escrituras Sagradas. A Bíblia é clara ao condenar o jugo desigual no casamento (Gn 24.1,2; 28.1,6-9; Ed 10.2; Ne 13.23-27; 1Co 7.39; 2Co 6.14). O jugo desigual no casamento somente deveria incluir casos em que o casal era incrédulo e uma das partes foi convertida posteriormente. No entanto, jovens cristãos têm procurado namoro com pessoas de fora da igreja alegando que nela não há alguém disponível, que vê todo mundo como irmão ou apenas como amigo, que o coração falou mais forte. Isso quando não parte para pressupostos completamente absurdos como: "ele(a) não é crente, mas é uma pessoa boa, trabalhadora... Só falta ser crente!" Pronto, agora as obras ganharam papel preponderante para qualificar alguém.
Mas e quando alguém usa a Bíblia para defender o jugo desigual? Aí é que a vaca vai para o brejo mesmo! A Bíblia não se contradiz. Ou ela diz uma coisa ou outra. Jamais ela afirma coisas antagônicas. Certa vez ouvi um pastor defendendo o casamento misto afirmando que Rute era estrangeira e Boaz judeu e que, se não fosse o casamento misto deles, Jesus não viria ao mundo. Essa foi demais! O Dr. Mauro Meister, ao ouvir esta argumentação, não resistiu e afirmou: "esse era o mesmo método de interpretação de Satanás lá em Gênesis 3". O problema desse tipo de argumentação é que ele leva ao pé da letra aquilo que é conveniente. Por exemplo: eles dizem que a Bíblia condenava o casamento entre judeu e estrangeira e param por aí. Tudo bem que Rute era estrangeira, mas o cerne do problema não era sua nacionalidade. O problema era que um estrangeiro também servia a deuses estranhos. No caso de Rute, ela já havia sido convertida, porque, antes de conhecer Boaz e se casar com ele, já dissera a sua sogra Noemi: "onde quer que fores, irei eu; e onde quer que pousares, ali pousarei eu; o teu povo será o meu povo, o teu Deus será o meu Deus" (Rt 1.16). Note que ela não possuía deuses estranhos, mas havia sido convertida ao Deus de Israel. Rute e Boaz não se casaram em jugo desigual.
Para os que gostam de argumentos confirmados com a prática, o que dizer dos mais numerosos casos em que o rapaz ou a moça se casa com uma pessoa não crente e se afasta de Deus depois? Já vi casos em que o marido disse: "o nosso casamento será a última vez que ela porá os pés na igreja". São poucas as que tomam coragem e preferem servir a Deus em primeiro lugar do que outra coisa. Spurgeon ouviu uma moça explicar que seria bom para ela se casar com um rapaz incrédulo. Então ele e fez sentar-se em sua mesa. Pediu que ela o puxasse para cima. Ela não conseguiu. Sem esforço, ele a puxou para baixo e ela desceu da mesa. Então ele arrematou: "O que é mais fácil? Puxar alguém para cima ou para baixo?" Da mesma forma, sua inclinação pecaminosa não mostraria resistência quando seu futuro marido tentasse levá-la para os seus caminhos. Eu conheço de 6 a 8 casais cujo cônjuge era incrédulo no casamento e foi convertido depois. Interessante é que a maioria desses casais (se não todos) condena o casamento misto. No entanto, conheço mais de vinte pessoas que eram produtivas na igreja e, ao se casarem em jugo desigual, perderam todo o empenho de antes.
Para encerrar esta postagem, transcrevo a Palavra de Deus, dita por Paulo em 2 Coríntios 6.14-7.1: "Não vos prendais a um jugo desigual com os incrédulos; pois que sociedade tem a justiça com a injustiça? ou que comunhão tem a luz com as trevas? Que harmonia há entre Cristo e Belial? ou que parte tem o crente com o incrédulo? E que consenso tem o santuário de Deus com ídolos? Pois nós somos santuário de Deus vivo, como Deus disse: Neles habitarei, e entre eles andarei; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo. Pelo que, saí vós do meio deles e separai-vos, diz o Senhor; e não toqueis coisa imunda, e eu vos receberei; e eu serei para vós Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-Poderoso. Ora, amados, visto que temos tais promessas, purifiquemo-nos de toda a imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santidade no temor de Deus". Olhemos firmemente para as promessas de comunhão plena com Deus. Para quê abrir mão dos caminhos planos e belos dessas promessas em troca de aventuras nos caminhos tortuosos e esburacados da desobediência?
Que o Senhor nos dê cada vez mais coragem de afirmar as verdades da sua Palavra! Amém!

Pr. Charles

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